quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Árvore Humana

No dia 16 de Dezembro, a comunidade educativa do Colégio concentrou no átrio (frente ao pavilhão) para formar a árvore humana de Natal, sonhada pelo grupo de EMRC.
Com "regência" do Prof. Madureira, e a benevolência do clima, os alunos e os professores de todos os ciclos escolares participaram nesta construção que, para além da configuração vísivel de unidade, contribuiu para o reforço da configuração interior de comunhão, amizade, fraternidade entre todos.
Uma actividade a repetir, sem dúvida!!!

domingo, 7 de dezembro de 2008

O Nosso Mundo

Durante o primeiro período, os alunos do 11.º ano de design do Colégio de S. Gonçalo traçaram nas aulas de EMRC o perfil do nosso mundo pós-moderno. Depois fizeram uma representação gráfica. E que mundo é este? Um mundo da indiferença; vazio de valores, que se afoga no relativismo ético; consumista, que se perde na sua abundância e variedade; de manipulação; um mundo herdeiro de Ícaro e de Narciso.

sábado, 6 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A mentira da morte e a morte da mentira

Afinal, quem mente: a morte ou o Homem?
Ninguém sabe o que é morrer. Mesmo que tenhamos visto alguém morrer, foi de fora. Vimos alguém ainda vivo. Depois, é uma ausência.

Ninguém sabe o que é estar morto. O que é estar morto para o próprio morto? Dizer, perante o cadáver do pai, da mãe, do amigo, da amiga, do filho, da filha, do irmão, da irmã: o meu pai está aqui morto, a minha mãe está aqui morta, o meu amigo, a minha amiga, o meu filho, a minha filha, o meu irmão, a minha irmã está aqui morto, está aqui morta, não tem sentido, pois o que falta é precisamente o sujeito. Eles não estão ali. Se estivessem, não estavam mortos. Onde estão então? Há aquela pergunta in-finita que Tolstoi coloca na boca de Ivan Ilitch moribundo: onde é que eu estarei, quando cá já não estiver?

Dizer que os levamos à sua última morada é outro contra-senso da linguagem. Quem é que se atreveria a enterrar ou a cremar o pai, a mãe, o filho, a filha, o amigo, a amiga, o irmão, a irmã?
E também não faz sentido afirmar que vamos ao cemitério vê-los. Nos cemitérios, com excepção dos vivos que lá vão, não há ninguém.
Mas então o que há nos cemitérios, para que a sua profanação seja, em todas as culturas, um crime hediondo? Há a memória. Mas o que sobretudo há é o que nos faz homens: um in-finito ponto de interrogação, que vem ao nosso encontro como pergunta in-finita: o que é ser Homem?; porque é que há algo e não nada? A morte coloca-nos perante o abismo do nada. […]

Frente à morte, o Homem é confrontado com o nada, aquele nada que lhe põe a interrogação absoluta, e, assim, pergunta inconstruível, o lugar da verdade para ele. É perante o abismo sem fundo e sem fim do nada que se lhe revela o puro assombro e a estupefacção absoluta do mistério incrível e indizível do Ser e de ser.
A morte não mente. Ela desmente a hipocrisia diletante, pondo a nu a verdade. Quem mente é o Homem, sobretudo nas nossas sociedades urbanas e técnicas, que fazem da morte tabu, o último e único tabu. O Homem ocidental não só não quer enfrentar a verdade como mente, agora no sentido de não dizer a verdade, faltar à verdade, enganar e enganar-se.

M. Heidegger pôs a meditação da morte no centro da sua reflexão filosófica. Porque é a consciência da mortalidade que faz distinguir entre a existência autêntica e a existência inautêntica, entre o que vale e o que não vale, e ser na liberdade.

Não se trata, portanto, de envenenar a vida nem de vivê-la morbidamente, mas de ir ao essencial e viver intensamente o que há para viver aqui e agora, pois é tudo sempre pela primeira e última vez. Procura-se a verdade de ser si mesmo. Quem quiser saber quem é coloque-se frente à pergunta: o que faria, se soubesse que amanhã vou morrer?
A nossa sociedade da banalidade rasante, do consumismo enlouquecido, da espectacularização ridícula, da correria alienada e alienante, só pode ser o que é enquanto assente no tabu da morte. Se a morte voltasse ao pensamento sereno dos homens, ela imporia uma conversão.

Aí, perante a contradição viva do "eu-morro", do "alguém-ninguém" - a consciência da mortalidade é a experiência insuportável dessa contradição -, é-se arrancado à alienação, e pode acontecer ser-se convocado pela intuição de que aquele nada com que a morte nos confronta não é o nada vazio e morto, mas o nada enquanto véu da realidade verdadeira na sua ultimidade. Afinal, nem o sol nem a morte podem ser encarados de frente, e a causa é o excesso de luz. Os místicos sabem-no, quando falam de "raio de treva" e "tenebrosa nuvem, que a noite iluminava".

Anselmo Borges [Padre da SMBN e Professor de Antropologia Filosófica na UC]

terça-feira, 1 de julho de 2008

ACAMPAMENTO DE EMRC - 8.º ANO

Um grupo de alunos do 8.º ano do Colégio de S. Gonçalo (Amarante) acampou em Covelo do Paivó (Arouca) nos dias 25, 26 e 27 de Junho de 2008. Para além do divertimento que esta actividade proporcionou, também semeou, em cada coração, a partilha, a alegria e a reflexão. Também serviu para constatar os dotes de culinária dos alunos e dos professores. Mas surpresa, surpresa foi o pão com chouriço do Prof .Vítor Lemos. Para ver e reviver.

domingo, 8 de junho de 2008

PATCH ADAMS

Este é o primeiro vídeo da entrevista a feita ao verdadeiro “Patch Adams” realizada pela estação televisiva brasileira TV Cultura em Setembro do ano passado. Ao todo são cerca de 10 vídeos que valem a pena serem vistos. “Patch Adams” tornou-se um médico conhecido em todo o mundo através de um filme, cujo título é o seu nome, que retrata a sua vida e o seu espírito revolucionário, interpretado brilhantemente pelo actor Robin Williams.
Os alunos do décimo ano viram o filme há cerca de um mês. E não viram apenas com os olhos, mas também com o coração:

“Vê o que ninguém mais vê. Vê o que todos preferem não ver por medo, comodismo ou preguiça. Na verdade, estás no bom caminho. Se só visses em mim um velho louco e amargo nunca terias vindo ter comigo.” (Arthur Mendelson)

“E se um paciente morresse? Que tem a morte de errado? Por que temos esse medo mortal? Por que não tratamos a morte com humanidade dignidade, decência e até com humor? A morte não é o inimigo. Se quiserem enfrentar um mal, enfrentem o mal da indiferença.” (Patch Adams)

“A missão do médico deve ser não apenas de evitar a morte, mas melhorar a qualidade de vida. Tratando o mal, ganha-se ou perde-se. Tratando o indivíduo, garanto que vão ganhar, independente do desfecho.” (Patch Adams)

A FRAGILIDADE DE UMA CRENÇA

A vida pública é hoje ateia ou agnóstica. Ouve-se muito criticar a tolice e o delírio das religiões, mas raramente se refere a fragilidade intelectual da própria atitude ateísta que, com todo o respeito, é muito inconsistente.

Recusar Deus é uma crença como as outras. No fundo trata-se de ter fé na ausência divina. Mas esta crença considera-se a si mesma lógica e natural. A Antropologia e Sociologia sérias mostram o oposto: a religiosidade é o normal em todas as culturas e épocas. O ateísmo é uma construção tardia e artificial de elites, sobretudo desde o Iluminismo. Mantido em ínfima minoria, agora está em clara decadência. Vendo-lhe a lógica interna, percebe-se porquê.

O agnosticismo, hoje variante dominante, justificar-se-ia se a existência de Deus fosse inconsequente e negligenciável. Mas ignorar a possibilidade de Deus é como desinteressar-se da existência do pai, benfeitor ou patrão, senhorio ou polícia. E se Ele aparece? Os verdadeiros agnósticos, com reais dúvidas, são poucos porque a maioria assume a resposta negativa implícita, vivendo um ateísmo disfarçado. O disfarce evita as dificuldades conceptuais e empíricas do ateísmo aberto, superiores a qualquer religião ou ideologia.

A dificuldade mais visível vem da existência da realidade. Porque há algo em vez de nada? Porque existe ordem, não caos? A resposta ateia era recusar a questão, porque o universo sempre existira assim, mas a teoria do Big Bang explodiu essa certeza e deu solidez científica ao facto da Criação.

Eu e o mundo, as coisas, pessoas e outros seres não existiam e passaram a existir. E existem de forma harmónica e coerente. A realidade é um infinito mosaico de minúcia e complexidade incompreensíveis. A ciência demonstrou que variações infinitesimais de parâmetros fundamentais, das forças do núcleo atómico à densidade do universo, torná-lo-iam impossível. Uma obra supõe um autor. Falar em leis da natureza apenas recua a questão para a origem dessas leis. Seria supina tolice supor um relógio surgindo perfeito das forças fortuitas da geologia e erosão. Um cérebro, muito mais complexo, quem o fez?

A resposta ateia tem de ser que o acaso de milhões de anos conduziu de uma explosão ao sorriso da minha filha. Ou o acaso é Deus, e o ateísmo nega-se, ou essa explicação é muito mais frágil que supor um Autor para a cosmos. Não tem certamente motivos científicos, ou até razoáveis, a recusa da hipótese plausível de um Criador inteligente. Muito inteligente.

Uma segunda dificuldade vem de dentro. Todos os humanos sentem em si uma ânsia de justiça e verdade, um sentido de bem e mal. Os actuais direitos universais apenas corporizam essa herança original e nela se justificam. Alguns valores são comuns, na enorme variedade de culturas e hábitos. Essa mesma variedade confirma que tal não pode vir de construções históricas e sociais, porque subjaz a todas.

A violação da lei moral apenas confirma a sua existência. Muitos conseguem suprimir em si esta busca da justiça (embora a sintam quando vítimas), mas o trabalho que dá apagá-la revela a inscrição na própria identidade da raça. Uma lei implica um legislador. Como podem meros atómos de carbono, aglomerados em aminoácidos e evoluindo pela selecção natural, gritar que salário digno é valor universal?

O terceiro e pior obstáculo do ateísmo é a ausência de finalidade. Para o ateu este universo, sem origem nem orientação, também não tem propósito. Bons e maus têm o mesmo destino vazio. Saber que vivemos num mundo que se dirige à morte e ao nada faz de nós os mais infelizes dos seres. Se Deus não existe não existem o bem, a moral, a própria razão. Esta crueldade ontológica é tão avassaladora que poucos que a afirmam a enfrentam com honestidade.

A fragilidade lógica do ateísmo é pouco relevante por ser um fenómeno elitista ocidental contemporâneo que, exportado à força pelo marxismo, está em extinção. A única questão interessante é saber porque coisas tão simples foram escondidas aos sábios e inteligentes e reveladas aos pequeninos.
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João César das Neves - Professor universitário (naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt)

domingo, 27 de janeiro de 2008

O que é o Amor?



No primeiro período, reflectimos no nono ano sobre o tema do Amor. O trabalho aqui tornado público foi apresentado pela aluna Joana Morais. Não se esqueçam de fazer os vossos comentários!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Celebração do dia de S. Gonçalo

No passado dia 10 de Janeiro celebrámos o dia de S. Gonçalo com uma Eucaristia presidida pelo Director-Adjunto do nosso colégio, P. Amaro Gonçalo. O canto litúrgico esteve a cargo das turmas de animação sócio-cultural, orientado pelo Prof. Fernando. Fica, de seguida, um breve excerto da homilia:
“No interior do livro, que pende das mãos de São Gonçalo, está gravada, em latim, uma frase de Jesus. Traduzida, diz isto: «a verdade vos libertará». De certo modo, diz o essencial da vida de São Gonçalo: a busca incansável da verdade, a procura incessante de um projecto de vida, com sentido: desde menino a padre, desde pároco a peregrino, desde religioso a pregador, até se fixar, viver e morrer, em Amarante, São Gonçalo procurou, em todas as idades, que a sua vida, se realizasse segundo “um projecto consentido por Deus”, isto é, de acordo com a Sua vontade, numa palavra, «em santidade»!”

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A AMIZADE


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No primeiro período, reflectimos no oitavo ano sobre o tema da Amizade. O trabalho aqui tornado público foi apresentado pela aluna Diana Sousa da turma A. Não se esqueçam de fazer os vossos comentários!

Um amigo de verdade

Um simples amigo nunca te viu chorar.
Um amigo de verdade tem os ombros molhados pelas tuas lágrimas.

Um simples amigo não sabe o nome dos teus pais.
Um amigo de verdade tem o telefone deles na agenda.

Um simples amigo traz uma garrafa de vinho para a tua festa.
Um amigo de verdade chega cedo, ajuda a cozinhar e fica mais tarde para ajudar a limpar.

Um simples amigo odeia quando tu ligas depois de ele se ter deitado.
Um amigo de verdade pergunta porque demoraste tanto para ligar.

Um simples amigo quer conversar sobre os seus problemas.
Um amigo de verdade procura ajudar-te nos problemas.

Um simples amigo, ao visitar-te, age como uma visita.
Um amigo de verdade abre o frigorífico e serve-se sozinho.

Um simples amigo pensa que a amizade acabou depois de uma discussão.
Um amigo de verdade sabe que não se acaba a amizade na primeira briga.

Um simples amigo espera que estejas sempre para ele.
Um amigo de verdade espera sempre estar para ti!

Autor desconhecido

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008