quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O ser humano está no âmago da economia

A finalidade genuína do sistema económico é produzir bens e serviços para satisfazer as necessidades humanas. Como actividade profundamente humana, a economia precisa da ética. Afirma o II Concílio do Vaticano que “o ser humano é o protagonista, o centro e o fim de toda a vida económico-social”, pelo que “também na vida económica e social se devem respeitar a dignidade e a vocação integral da pessoa humana e o bem de toda a sociedade” (GS 63). Por outras palavras, no centro do sistema económico devem estar os valores fundamentais do ser humano, porque o sentido da ética é precisamente ajudar a ser mais.
Porque ética e economia não podem percorrer caminhos divergentes, o Papa Pio XI afirmou, já em 1931, que a economia e a moral se regulam por princípios próprios, mas é errado julgar que a ordem económica e a moral devem viver separadas. As leis económicas determinam quais os fins da actividade humana, bem como os meios que deve usar para os conseguir, enquanto a ética nos orienta para o fim supremo (cf. QA 42-3).
Nesta linha de pensamento, João Paulo II afirmou: “O mundo de hoje está cada vez mais consciente de que a solução dos graves problemas nacionais e internacionais não é apenas uma questão de produção económica ou de uma organização jurídica ou social, mas requer valores ético-religiosos específicos, bem como mudanças de mentalidade, de com-portamentos e de estruturas. A Igreja sente-se particularmente responsável por oferecer este contributo” (CA 60).

Texto retirado do manual do aluno do 10.º ano de EMRC – UL 3 – “Ética e Economia”

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